quarta-feira, 27 de abril de 2016

Filipenses 1:15-18 e a banalização do Evangelho

Um amigo no Twitter me perguntou se Filipenses 1:18 não justificaria o evangelho gospel e o show gospel. Acho que ele tinha em mente o festival gospel na Globo e a hipotética novela da Globo com uma heroína evangélica.

Para quem não lembra, Paulo diz o seguinte em Filipenses 1:15-18:
“Alguns, efetivamente, proclamam a Cristo por inveja e porfia; outros, porém, o fazem de boa vontade; estes, por amor, sabendo que estou incumbido da defesa do evangelho; aqueles, contudo, pregam a Cristo, por discórdia, insinceramente, julgando suscitar tribulação às minhas cadeias. Todavia, que importa? Uma vez que Cristo, de qualquer modo, está sendo pregado, quer por pretexto, quer por verdade, também com isto me regozijo, sim, sempre me regozijarei” (Fp 1:15-18).
A interpretação popular desta passagem, especialmente desta frase de Paulo no verso 18, “Todavia, que importa? Uma vez que Cristo, de qualquer modo, está sendo pregado, quer por pretexto, quer por verdade, também com isto me regozijo, sim, sempre me regozijarei” – é que para o apóstolo o importante era que o Evangelho fosse pregado, não importando o motivo e nem o método. A conclusão, portanto, é que podemos e devemos usar de todos os recursos, métodos, meios, estratégias, pessoas – não importando a motivação delas – para pregarmos a Jesus Cristo. E que, em decorrência, não podemos criticar, condenar ou julgar ninguém que esteja falando de Cristo e muito menos suas intenções e metodologia. Vale tudo.

Então, tá. Mas, peraí... em que circunstâncias Paulo disse estas palavras? Se não me engano, Paulo estava preso em Roma quando escreveu esta carta aos filipenses. Ele estava sendo acusado pelos judeus de ser um rebelde, um pervertedor da ordem pública, que proclamava outro imperador além de César.

Quando os judeus que acusavam Paulo eram convocados diante das autoridades romanas para explicar estas acusações que traziam contra ele, eles diziam alguma coisa parecida com isto: “Senhor juiz, este homem Paulo vem espalhando por todo lugar que este Jesus de Nazaré é o Filho de Deus, que nasceu de uma virgem, que morreu pelos nossos pecados e ressuscitou ao terceiro dia, e que está assentado a direita de Deus, tendo se tornado Senhor de tudo e de todos. Diz também que este Senhor perdoa e salva todos aqueles que creem nele, sem as obras da lei. Senhor juiz, isto é um ataque direto ao imperador, pois somente César é Senhor. Este homem é digno de morte!”

Ao fazer estas acusações, os judeus, nas próprias palavras de Paulo, “proclamavam a Cristo por inveja e porfia... por discórdia, insinceramente, julgando suscitar tribulação às minhas cadeias” (verso 17).

Ou seja, Paulo está se regozijando porque os seus acusadores, ao final, no propósito de matá-lo, terminavam anunciando o Evangelho de Cristo aos magistrados e autoridades romanos.

Disto aqui vai uma looooonga distância em tentar usar esta passagem para justificar que cristãos, num país onde são livres para pregar, usem de meios mundanos, escusos, de alianças com ímpios e de estratégias no mínimo polêmicas para anunciar a Cristo. Tenho certeza que Paulo jamais se regozijaria com “cristãos” anunciando o Evangelho por motivos escusos, em busca de poder, popularidade e dinheiro, pois ele mesmo disse:
“Porque nós não estamos, como tantos outros, mercadejando a palavra de Deus; antes, em Cristo é que falamos na presença de Deus, com sinceridade e da parte do próprio Deus” (2Co 2:17).
“Pelo que, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos; pelo contrário, rejeitamos as coisas que, por vergonhosas, se ocultam, não andando com astúcia, nem adulterando a palavra de Deus; antes, nos recomendamos à consciência de todo homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade” (2Co 4:1-2). 
“Ora, o intuito da presente admoestação visa ao amor que procede de coração puro, e de consciência boa, e de fé sem hipocrisia. Desviando-se algumas pessoas destas coisas, perderam-se em loquacidade frívola, pretendendo passar por mestres da lei, não compreendendo, todavia, nem o que dizem, nem os assuntos sobre os quais fazem ousadas asseverações” (1Ti 1:5-7). 
“Se alguém ensina outra doutrina e não concorda com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com o ensino segundo a piedade, é enfatuado, nada entende, mas tem mania por questões e contendas de palavras, de que nascem inveja, provocação, difamações, suspeitas malignas, altercações sem fim, por homens cuja mente é pervertida e privados da verdade, supondo que a piedade é fonte de lucro” (1Ti 6:3-5). 
“Eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem ou de sabedoria. Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado. E foi em fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós. A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus” (1Co 2:1-5).
Portanto, usar Filipenses 1:18 para justificar esta banalização pública do Evangelho é usar texto fora do contexto como pretexto.
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Por Rev. Augustus Nicodemus Lopes

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Existem "Levitas" Em Nossos Dias?


Desde que me entendo por gente (e não faz tanto tempo assim) a maioria das igrejas atribuem o nome de “Levitas” aos músicos da Igreja e para aqueles que fazem parte do ministério de Louvor.
Numa tentativa de associar o ofício levítico aos músicos, chegamos a um problema comum: no novo testamento, não encontramos nenhuma referência ou orientação que nos ensine que os músicos devem ser chamados de levitas. Isso, por si só, já deveria causar, pelo menos, um questionamento, mas sabemos que na prática, não é o que acontece.

Originalmente, o conceito de LEVITA, vem do Antigo Testamento, que eram os descendentes de Levi, que por sua vez, era filho de Jacó.

No livro de Êxodo capítulo 32 versículo 26 lemos o seguinte: “Moisés ficou de pé no meio do acampamento e exclamou: “Quem for de Yahweh venha até mim!”Todos os filhos de Levi reuniram-se em torno dele.”

A passagem questão refere-se ao momento em que Moisés desce do monte e vê o povo israelita cometendo o pecado da idolatria em torno de um bezerro de ouro. No versículo, podemos ver que os filhos de Levi, os Levitas, se posicionaram em servir o Senhor, e somente ao Senhor. E a partir de então começaram a servir a Deus como ministros.

Entre os levitas, havia sacerdotes que eram da família de Arão bem como seus ajudantes. Neste contexto, o ofício dos Levitas, no Antigo Testamento era todo tipo de manutenção, bem como carregar os utensílios, e isso está em diversos textos no Antigo Testamento (Números capítulos 4, 8, 18).

Muito interessante constatar que, naquele tempo, os levitas não eram músicos, e também não eram os responsáveis pela música, ou os “maestros” do Tabernáculo.

Somente no 1 Livro das Crônicas, no capítulo 9 é que o Rei Davi designou alguns dos levitas para serem os responsáveis musicais. Porém, ao observarmos os capítulos 23 e 25, veremos que muitos dos levitas tinham outros ofícios como porteiros, padeiros, guardas, e etc.

Então, para os nossos dias, não é correto usar o nome “LEVITA” aos músicos, pois a origem dessa prática é muito comum aos adeptos do movimento judaizante.
Sem contar que a maioria dos que se dizem “LEVITAS” só tocam em algumas “igrejas”. Não ajudam com absolutamente mais nada, e principalmente hoje, criou-se um status para que sejam chamados de levitas e tratados como artistas.

É triste, mas é a nossa realidade.

Mais uma vez reforço que chamar músico de igreja de levita não tem respaldo bíblico e quem assim o faz, não entende nem o contexto do Antigo Testamento, e muito menos a realidade da Igreja Contemporânea.

Que Deus nos ajude.

Abraço!

Marco Aurélio Cicco

Extraido: reformai.com

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Pastores: Vocês São Culpados De Sabotar o Evangelho?

por Byron Yawn


Às vezes nós, como pastores, apenas supomos que por estar por aí, fazendo as coisas do jeito que sempre fizemos, estamos ajudando a levar o evangelho para a linha de frente. Nunca pensaríamos que (em nosso ministério de liderança e pregação) podemos estar prejudicando ou, pior ainda, sabotando o avanço do evangelho. Essas coisas são boas para nos avaliarmos e pensarmos. Para a glória de Cristo, em benefício dos outros, do nosso ministério e da igreja de Cristo, encoste o carro e pense sobre isso.

Aqui estão alguns sinais de que você pode estar sabotando o evangelho em sua igreja:

Aqueles que ouvem sua pregação regularmente descrevem a própria salvação na primeira pessoa (eu cri em Jesus, eu pedi que Jesus entrasse em meu coração, eu tive fé) e não na terceira pessoa (Deus me redimiu, Deus declarou-me justo, Cristo morreu por mim).

Seu povo tem a impressão de que o grande mandamento e a regra de ouro são o ponto central da ética coletiva cristã e não o Evangelho que os salvou das consequências de terem todos falhado.

Seus sermões contêm cinco coisas para fazer, mas omitem a única pessoa a quem recorrer quando não se consegue realizar as cinco coisas.

Quando você prega o Antigo Testamento, as pessoas veem a necessidade de imitar a vida de Abraão, Moisés e Davi, mas nunca percebem que Abraão, Moisés e Davi precisavam da vida íntegra de Cristo.

Seu povo tem raiva dos não salvos por serem não salvos.

Seu povo confunde misericórdia com “Graças a Deus, não sou como os outros”, ao invés de “Como

Deus poderia salvar alguém como eu?”

Seu povo pensa que a Igreja é o inimigo.

Seu povo pensa que os perdidos são o inimigo.

Se perguntado “o que é o Evangelho?“, seu povo só é capaz de descrever o que não é.

Seu povo pensa que não é característico dos cristãos confessarem os seus pecados e fraquezas.

Se o seu sermão fosse pregado em uma sinagoga judaica ninguém se oporia. As chances de você ser convidado a retornar e dar uma série sobre o desenvolvimento de uma cosmovisão cristã são grandes, e você acharia isso encorajador.

Seu povo tem anotações em suas Bíblias, mas nenhuma ideia do que (ou de quem) se trata.

Seu povo está animado com o potencial de uma vida mais abundante, mas não consegue ficar animado com a vida íntegra de Jesus.

Seu povo pensa que o objetivo da igreja é se segurar até Jesus voltar.

Debaixo de convicção do pecado, seu povo sistematicamente corre para a Lei (“Eu consigo melhorar”) e não para Cristo (“Está consumado”).

Seu povo está impressionado com os seus hábitos de estudo, esboços de sermão, exegese e entrega, mas não com o seu Salvador.

Jesus interromperia seu sermão porque você sempre contradiz consistentemente Sua mensagem, exigindo uma mudança de comportamento sem apontar a necessidade de uma mudança de coração.

Traduzido por Josie Lima | Reforma21.org | Original aqui

Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.


O Que Não Vestir...




por Mary Kassian


Em 1 Timóteo 2.9, o Senhor oferece três orientações que ajudam as mulheres cristãs a descobrir o que e o que não usar: “As mulheres se vistam modestamente, com decência e discrição”. Vamos examinar essas três diretrizes para ajudar-nos a assegurar que os nossos looks estão em boa ordem, devidamente arrumados e prontos para mostrar Cristo.

 

É conveniente ou inconveniente?


Kosmio é a forma descritiva do substantivo grego kosmos (colocar em ordem, balancear, enfeitar ou decorar), que está relacionada com a palavra cosmos – universo. Os gregos entendiam que o universo deve ser um ordenado, integrado e harmonioso todo. Kosmos é o oposto do caos. Assim, quando Paulo disse para as mulheres que seu adorno deveria ser kosmio, quis dizer que, como o universo, todas as peças devem ser dispostas de forma harmoniosa com as outras partes. Deve ser “conveniente”, isto é, apropriado ou adequado. Dado o contexto, creio que Paulo estava querendo dizer que o nosso adorno deveria ser decente numa série de níveis diferentes.

Em primeiro lugar, a roupa deve ser apropriada, adequada e coerente com sua característica de filha de Deus. Mas também deveria ser apropriada ao seu tipo de corpo, apropriada para sua feminilidade, apropriada para seu marido, apropriada para as outras roupas que você está vestindo, e apropriada para a ocasião e lugar que você pretende usá-la. Há uma quantidade tremenda de orientação nessa pequena palavra: conveniente. Ela desafia você a avaliar suas roupas, sapatos, bolsas, maquiagem e cabelo  de vários ângulos como parte do conjunto harmonioso e integrado de toda sua vida – para alinhar visível com o invisível e o temporal com o eterno. Ela desafia você a trazer uma perspectiva cósmica a ser considerada em suas decisões cotidianas.

Gosto da palavra que Paulo escolheu. Ela tem enormes implicações. Kosmio significa que o look de uma mulher cristã deve ser consistentemente definida, por dentro e por fora. Isso desafia aqueles que colocam uma ênfase excessiva na aparência externa, bem como aqueles que negligenciam sua aparência pessoal. É um corretivo para as mulheres que se vestem de maneira extravagante. É um corretivo para aquelas que se vestem sedutoramente. Mas também é um corretivo para aquelas que pensam que “santo” significa desmazelado, feio, não feminino e fora de moda. Conveniente mostra que andar de jeans largado e camisetas o tempo todo é tão inadequado quanto ser obcecada por roupas estilosas. Isso significa que a aparência de uma mulher deve ser bem definida . Deve ser agradável e atraente – por dentro e por fora.

 

É decente ou indecente?


A segunda palavra, aidous, baseia-se no termo grego para vergonha e desgraça. A palavra é uma mistura de modéstia e humildade. Quando eu penso numa palavra que personifica esse conceito, penso numa aproximação de Deus com reverência.

Trata-se de uma sensação de deficiência, de inferioridade ou indignidade. Sugere vergonha, mas também um sentimento correspondente de reverência e de honra para a autoridade legítima. É o oposto de insolência, imprudência, desrespeito ou ousadia. Olhar cabisbaixo é o oposto de um olhar desafiador.

Então, vestir-se com reverência significa que você está constrangida? Não. Significa que sua roupa diz a verdade sobre o evangelho. Sua roupa mostra ao mundo que Jesus cobre a sua vergonha e te faz decente. Suas roupas cobrem sua nudez como a roupa de Cristo cobre o seu pecado.

Vestir-se com reverência significa que você escolheu as roupas que são decentes aos olhos Dele… não roupas que são provocantes, sedutoras e que valorizam a nudez. Quando você se veste decentemente, você reconhece que Deus ordenou que roupas são para cobrir, e não chamar a atenção, para sua pele nua. Você se veste de respeito por Ele, pelo evangelho, pelos irmãos em Cristo – e por respeito a quem Ele fez você para ser. Decência significa que você concorda com o Senhor sobre o verdadeiro propósito de se vestir e deixa de lado o seu próprio interesse para se vestir de uma forma que exalte Cristo.

Então, naquele vestiário, tentando entrar naquela saia, tenha tempo para sentar-se, dobrar-se e esticar-se na frente do espelho e pergunte a si mesma, essa saia é decente? Ele faz o que deveria fazer? Será que irá me cobrir devidamente? Será que vai ajudar a mostrar minha nudez – ou vai exaltar o evangelho de Cristo?

 

É moderada ou excessiva?


A última coisa a se perguntar sobre a roupa é se é moderada ou excessiva. Paulo usa a palavra grega sophrosunes. Significa “uma mente sã; que inibe desejos e impulsos, autocontrolada, sóbria”. A palavra indica que nosso adorno deve ser razoável e não louco. Devemos controlar os nossos impulsos e evitar os extremismos da moda, penteados e maquiagem. Também devemos evitar gastar loucas quantias de dinheiro ou lotar nossos armários com uma quantidade insana de roupas. Devemos governar nossas escolhas de vestimenta com um sentinebti de moderação, simplicidade e auto controle. Se a roupa é extremamente louca, insanamente cara ou se é loucura por você estar comprando outra, então você deve ignorá-la.

Entender o propósito das vestimentas e perguntar a si mesma as três questões “É conveniente?”, “É decente?” e “É moderada?” vai ajudar você a descobrir como se vestir. E não se esqueça de incluir o seu “Ajudador” no processo. O Espírito Santo é uma inestimável fonte de ajuda quando se trata de descobrir se sua aparência glorifica ou não a Deus. Se seu coração é reto e você busca Sua orientação,
Ele será seu o consultor pessoal de estilo e vai ensinar o que e o que não usar.

[tweet link=”http://iprodigo.com/?p=5665″]O Espírito Santo é uma inestimável fonte de ajuda quando se trata de descobrir se sua aparência glorifica ou não a Deus.[/tweet]

Traduzido e cedido por Josie Lima | iPródigo | original aqui


Traduzido por Reforma21 | Reforma21.org | Original aqui

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8 Mulheres Com Quem Um Cristão Não Deve Casar-se!


 

 

 

 

 

 

 

 

por J. Lee Grady

O artigo da semana passada, “10 homens com quem uma mulher cristã não deve casar-se” viralizou. Mais de 1,2 milhões de pessoas compartilharam o link [N.T.: o link original] até agora – muito provavelmente porque muitos homens e mulheres solteiros estão procurando seriamente por indicações para encontrarem um bom companheiro.

Uma das respostas que obtive foram inúmeros pedidos de indicações semelhantes para os homens que estão procurando uma esposa. Como estou aconselhando vários rapazes atualmente e tenho visto alguns deles se casarem nos últimos anos, não foi difícil esboçar essa lista. Aqui estão algumas mulheres que eu digo a meus filhos espirituais evitarem:





1. A incrédula. No último artigo, eu lembrei as mulheres de que a Bíblia é absolutamente clara nesse ponto: Cristãos não devem se casar com incrédulos. 2 Coríntios 6.14 diz: “Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas?”. Fora a decisão de seguir a Cristo, o casamento é a decisão mais importante que você tomará. Não estrague tudo por ignorar o que é óbvio. Você precisa de uma esposa que ame Jesus mais do que te ama. Coloque maturidade espiritual no topo de sua lista de qualidades que deseja em uma esposa.

2. A mimadinha. Um amigo meu estava namorando uma garota de uma família muito rica. Ele economizou algum dinheiro por meses para comprar um anel, mas quando a pediu em casamento, ela disse que ele precisava voltar à joalheria e comprar um diamante maior. Ela forçou seu noivo a se endividar por conta de um anel que alcançasse suas expectativas. Ela desejava um estilo de vida Tiffany com um orçamento de C&A. Eu alertei meu amigo de que eles estava caminhando rumo a problemas muito sérios. A não ser que você queira viver endividado pelo resto de sua vida, não se case com uma garota que tenha cifrões em seus olhos e oito cartões de crédito em sua bolsa da Gucci.

3. A diva. Alguns rapazes machões gostam de se achar e agirem como se fossem superiores às mulheres. Divas são a versão feminina desse pesadelo. Elas pensam que o mundo gira ao seu redor e não pensam duas vezes antes de machucar alguém para provarem seu argumento. Suas palavras são duras e seus estalos nos dedos para exigirem todo tipo de coisas são irracionais. Algumas dessas mulheres podem acabar assumindo posições de liderança na igreja, mas não se engane com seu papo de supercrente.  Verdadeiros líderes são humildes. Se você não enxerga humildade piedosa na mulher que está namorando, se afaste e continue buscando.

4. A Dalila. Lembra-se de Sansão? Ele foi ungido por Deus com força sobre-humana, mas perdeu seus poderes quando uma mulher sedutora descobriu seu segredo e deu a seu homem o corte de cabelo mais famoso da história. Como Dalila, uma mulher que não submete sua sexualidade a Deus irá cegá-lo com seu charme, partir seu coração e te tirar do rumo. Se a mulher “cristã” que você conheceu na igreja se veste de forma provocativa, flerta com outros rapazes, posta comentários sexualmente inapropriados no Facebook ou te diz que não vê problemas no sexo antes do casamento, saia desse relacionamento antes que você caia em sua armadilha.

5. A mulher rixosa. Um jovem rapaz me disse recentemente que namorava uma garota que tinha sérios problemas de ressentimento em seu coração por conta de feridas passadas. “Antes de pedi-la em casamento, disse a minha noiva que ela precisava lidar com isso”, ele me disse. “Era pegar ou largar, mas houve avanços notáveis e agora vamos nos casar”. Esse rapaz percebeu que amargura não resolvida pode arruinar um casamento. Provérbios 21.9 diz que “Melhor é morar no canto do eirado do que junto com a mulher rixosa na mesma casa”. Se a mulher que você está namorando está afundada em raiva e falta de perdão, a vida de vocês será arruinada por brigas, batidas de portas e drama sem fim. Insista em orarem juntos e buscarem aconselhamento com pessoas mais experientes na fé.

6. A controladora. O casamento é uma parceria meio a meio, e a única forma de funcionar é quando tanto o marido quanto a mulher se submete um ao outro nos termos de Efésios 5.21. Assim como alguns rapazes pensam que podem levar o casamento como se fosse uma ditadura, algumas mulheres tentam manipular as decisões para realizarem suas vontades. É por isso que o aconselhamento pré-marital é tão importante! Você não quer esperar até estarem casados por duas semanas para descobrir que sua esposa não confia em você e quer tomar todas as decisões sozinha. [N.doE.: Não sabemos o que o autor quis dizer com marido e mulher submeterem-se um ao outro. Se for a doutrina da submissão mútua que propõe papéis iguais para homens e mulheres no casamento, discordamos. Porém, pela fidelidade à tradução, mantivemos a frase]

7. A filhinha da mamãe. É normal que uma mulher recém-casada ligue para sua mãe em busca de aconselhamento e suporte. Não é normal que ela fale com a mãe cinco vezes por dia sobre cada detalhe do casamento, inclusive sobre a vida sexual. Isso é bizarro. Entretanto, tenho aconselhado rapazes cujas esposas permitem que suas mães (ou pais) tenham total controle de suas vidas. Gênesis 2.24 diz que o homem deve deixar seus pais e viver com sua esposa. Os pais devem observar de longe o casamento de seus filhos. Se sua namorada não busca cortar o cordão umbilical, prossiga com cautela.

8. A viciada. Muitas pessoas na igreja hoje em dia não foram discipuladas apropriadamente. Muitos ainda lutam contra todo tipo de vícios – álcool, drogas ilícitas, remédios controlados ou pornografia – seja porque não confrontamos esses pecados do púlpito ou porque oferecemos apoio compassivo o suficiente para quem passa por isso. Jesus pode libertar completamente alguém desses hábitos, mas você não quer esperar até estar casado para descobrir que sua esposa não consegue ficar sóbria. Vocês podem até se casar futuramente, mas não é sábio juntarem as trouxas até que tenham enfrentado de forma séria esse tipo de problema.

A melhor regra a seguir ao escolher uma esposa está em Provérbios 31.30: “Enganosa é a graça, e vã, a formosura, mas a mulher que teme ao SENHOR, essa será louvada”. Olhe além das qualidades exteriores que o mundo diz serem importantes, e olhe para o coração.




Traduzido por Filipe Schulz | Reforma21.org | Original aqui

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quarta-feira, 20 de abril de 2016

Um Cristão Para Todos Os Cristãos - C. S. Lewis


Lewis era muito modesto em relação à vida devocional. Ele gostava de dizer: "Não sou como os místicos, aqueles que sobem a montanha para orar. Sou alguém que está no sopé da montanha. Eu não estou muito alto, nem lá embaixo. Vivo no meio da montanha, como um cristão normal". Lewis achava que a submissão à vontade de Deus é mais importante do que fazer grandes façanhas na oração. Ele aconselhava: "Não seja dramático em sua vida de oração". Ele meditava e orava ao redor do parque, depois de dar suas aulas na universidade. Também delineou a força de atração do que chamava de "doce desejo e alegria", a saber, o sabor da presença de Deus na vida diária, que atinge o coração como se fosse um golpe, quando a pessoa experimenta e desfruta das coisas, revelando-se, em última análise, com um anelo não satisfeito por quaisquer realidades ou relacionamentos criados, mas amenizado somente na entrega de si mesmo, no amor do Criador, em Cristo.

Conforme Lewis sabia, diferentes estímulos disparam esse desejo em diferentes pessoas. Quanto a si mesmo ele falava sobre "o cheiro de uma fogueira, o sonido de patos selvagens que passam voando baixo, o título de The Well at the World's End, as linhas iniciais de Kubla Khan, as teias de aranha de fim de verão, o ruído das ondas na praia". Ao lado de diversos escritores do passado, que tinham um discernimento muito mais profundo sobre essas questões que as pessoas de hoje, Lewis via o amor a Deus nos elevando até Deus, enquanto o contemplamos e o desejamos por Ele, em lugar de arrastar Deus para baixo, em nosso nível, como muiros hoje em dia tendem a fazer.

James Houston, que conviveu com Lewis de 1947 a 1952, re¬gistrou a impressão que tinha sobte ele:

Gostava muito de estar num ambiente onde havia controvérsia e discussão. Era tão perspicaz e cheio de humor que nos deixava receosos de nos aproximar dele. Mas, na verdade, Lewis era muito tímido e discreto com sua própria vida emocional. [Ele] tinha um par de sapatos marrom, uma calça de veludo marrom e uma jaqueta marrom que usou por uns quinze anos. A jaqueta estava sempre amarrotada na altura do colarinho.

Ele era um cristão praticante, que orava, paciente e persistentemente, fazendo o bem. Não era um teólogo profissional, mas era, em suas palavras, "apenas um cristão comum, tentando pensar com clareza", que buscava evitar as disputas entre as diferentes igrejas, por crer que Deus o colocara na linha de frente, onde o cristianismo enfrenta o mundo, e não por trás delas, onde uma guerra civil assola os cristãos. Sua tarefa era a de defender o cristianismo puro e simples, e não qualquer igreja em particular, demonstrando a superioridade racional do cristianismo sobre todo e qualquer entendimento da realidade.

Segundo Russell Shedd:

A originalidade de seu pensamento, o incomparável progresso de sua lógica e a criatividade de suas idéias são como um banquete posto para famintos. E difícil menosprezar esse gigante das letras, mesmo quando não temos a capacidade de captar todas as nuanças da ampla compreensão que ele tinha do cristianismo. [Mas] é possível sentir a paixão de um coração voltado para Deus e preocupado com a transmissão das boas-novas de salvação. Ele talentosamente comunica-se com homens que em parte rejeitaram o evangelho por causa da simplicidade de evangelistas faltos de profundidade.

Franklin Ferreira

quinta-feira, 31 de março de 2016

31 De Março De 2016


Já deu pra sentir qual a trama
Quando eu nasci já tinha calor (...)
Quando eu nasci tinha, sim senhor,
Águia, paturi, camelo, condor
E as águas do Amazonas, os ratos, as rãs, ratazanas
Quando eu nasci já tinha terror 
 
(Itamar Assumpção, "Já deu pra Sentir", 1980)

Hoje é dia de ter memória, de ter esperança e medo, prudência e coragem, de resistirmos aos usurpadores de sempre e ao poder avassalador das picuinhas

Por Alceu Luís Castilho (@alceucastilho)

Hoje é dia de ter memória. De lembrar que essa democracia (esse arquipélago de democracia) foi conquistada de forma dramática, entre heróis e cadáveres. De recordar que usurpadores cobram caro. Que o que vem aí não é uma revolução, mas uma reação de nossas elites a uma terrível ameaça: a de que ela não seja a protagonista. De lembrar que tudo pode ser pior. Que não temos as barbas do Estadão e a cafonice da Fiesp. Que não precisamos de um pajem, de um Paulo Skaf, de uma paulocracia.

Hoje é dia de esperança. Não de uma esperança absoluta, maiúscula, rumo a uma sociedade igualitária, justa, mas ao menos uma esperança de que não haja retrocesso. De que sigamos aos trancos, sem cair no barranco do casuísmo. Nas ruas, brasileiros que não aceitam entregar este país ao PMDB, sem votos, em nome de um pato. Em nome do governo, do PT? Muitos de nós, não. Em nome de muito mais que isso: da rejeição das subtrações. Do princípio de que não podem sequestrar nossa soma.




brizola

Hoje é dia de medo. Medo de que a escolha da Praça da Sé não tenha sido a melhor possível, como o palco de manifestação em nossa capital econômica. Dia de cautela em relação a sabotadores, pois o entorno da praça é um convite para ações pontuais de milicianos e fardados. É dia de temer, sim, armadilhas. Pois os fascistas se empoderaram em poucas semanas, organizaram-se. E têm um combustível incrível a seu favor: o ódio. Manipulações grosseiras, o apoio explícito da imprensa – e o ódio.

Hoje é dia de ter prudência e de se ter coragem. Originalmente, aliás, a palavra prudência não tinha nenhuma conotação oposta à coragem. Muito pelo contrário. Era uma virtude intelectual (Aristóteles), tão nobre quanto a sabedoria (Heráclito). Significava a disposição de decidir o que é bom ou ruim. Não apenas precaução diante dos perigos, como é vista hoje, mas, como definiu Santo Agostinho, “o amor que separa com sagacidade aquilo que é útil do que é prejudicial”. E não temer. Não Temer.

Hoje é dia de sentir. De sentir a nossa trama. Quando nascemos, dizia Itamar Assumpção, já tinha ratos, rãs e ratazanas. E já tinha o terror. Nada menos que o terror. Hoje é dia de discernir, portanto.

De decidir se queremos abraçar picuinhas, causas menores ou intermediárias, ou algo maior – mesmo que seja dolorido, mesmo que tenhamos de lutar contra o rancor. Não por ninguém poderoso, por qualquer um que também tenha nos esquecido. Mas por nós, exatamente por nós. Por outra trama.


 http://outraspalavras.net/alceucastilho/2016/03/31/31-de-marco-de-2016/#more-2781

Extraído do blog: www.suzyscosta.blogspot.com

Artistas e Intelectuais Dizem Não Ao Retrocesso Político !


"A classe artística mais uma vez se levanta para cumprir seu papel de vanguarda na defesa da democracia, da liberdade. Lembremos-nos de Leonel Brizola, pela sua campanha da legalidade", diz a sambista Beth Carvalho


Jornal GGN - "Eu tenho que admitir que eu sou oposição ao seu governo, presidente Dilma. Eu tenho um contentamento em poder dizer que estou em um estado democrático, de preservar as liberdades, o inconsciente coletivo do nosso povo. Esse ódio, essa sombra, de irmão contra o irmão, um plano maquiavélico criado por pessoas que viram mexer muito pouco. Isso é muito assustador. O motivo do impeachment não é por um erro, mas é pelos acertos do governo, e isso dói demais", disse a atriz Letícia Sabatella à Dilma Rousseff, em ato de artistas, intelectuais e cientistas, no Palácio do Planalto.

A atriz foi a terceira a discursar durante a entrega de 12 manifestos em favor da democracia e contra o golpe. Diante da presidente Dilma, Letícia afirmou que não concorda com o governo atual, mas defendeu a necessidade de preservar a legitimidade e os direitos conquistados pelas minorias.

"Como cidadã, não sou petista, tenho frustrações com o que esperava, sobre o empoderamento dos mais pobres. Mas confesso que estou entendendo como é a dificuldade, acompanhando esse Congresso, como é difícil. Conheci o Congresso, o Senado, e sei  o quanto há de boicote contra a transformação social do Brasil", disse, sob aplausos.

Apesar de se autodeclarar oposição, a atriz afirmou que "é inegável reconhecer" os avanços garantidos pelo ex-presidente Lula e pela presidente Dilma com as minorias. "Eu não tenho como não reconhecer essa ascensão social de uma grande maioria da população. Nada se fazia, era estagnada a essa condição. Vejo que há vontade política para isso. Mas uma vez conquistado, dado um passo, temos que ir adiante. A gente tem que andar para frente, não para trás. Por isso que eu estou aqui", completou.

Também destacou os avanços sociais da gestão petista a cineasta Anna Muylaert, diretora do filme "Que Horas Ela Volta". Em sua fala, Anna fez referência à personagem Jéssica do longa, uma jovem filha de emprega doméstica que conseguiu entrar na Universidade.
"Estou aqui hoje por amor para dizer que eu passei o ano inteiro, abraçando homens e mulheres me dizendo: 'eu sou Jessica, eu sou Jessica'. Mas eu não criei a Jessica, o trabalho que foi feito pelo governo Dilma e o governo anterior, de Lula, é estrondoso. A Europa sabe, reconhece, e aqui talvez precise de alguns anos para que reconheçam o que estamos vivendo hoje de avanços", disse a cineasta.

"Ainda haverá um dia em que subirá aqui a presidente da República que será uma Jéssica, e o seu coração estará cheio de gratidão", afirmou a diretora, emocionada, entregando o manifesto à Dilma.

"Senhora presidenta", disse o médico Miguel Nicolelis, por meio de um vídeo transmitido à plateia, dirigindo-se à Dilma: "Resista. Resista. Porque a senhora não está sozinha".




E seguiu com a convocação: "Resista, senhora, não só pela senhora, não só pelo seu mandato, mas por todos esses brasileiros, pelo princípio de que no Brasil golpes são coisas do passado e jamais serão aceitos no presente e no futuro, porque temos a responsabilidade com nossos filhos, netos e gerações, de manter essa democracia, ampliá-la e lutarmos com todas as nossas forças".

O escritor Raduan Nassar também esteve presente, anunciando que não é filiado a partido político, mas defendendo a legalidade da Presidência. "A presidente Dilma Rousseff não cometeu crime de responsabilidade. Os que insistem no seu afastamento atropelam a legalidade, subvertendo o estado democrático de direito. Os que tentam promover a saída de Dilma arrogam-se hoje sem qualquer pudor contra detentores da ética, mas serão execrados, amanhã, não tenho duvida", alertou.

"Lhe desejo, do fundo do coração, toda a energia, e forças necessárias para aguentar o trampo. Você é que está com a sua coragem segurando o barco. Por mais essa eu não esperava. Mas espero ganhar mais essa batalha", disse, em tom informal a economista Maria da Conceição Tavares, também em vídeo transmitido.



Na sequência de representantes do meio artístico, participou do ato de defesa da democracia ainda o ato norte-americano Danny Glover. "Eu gostaria de enviar uma mensagem de amizade pela sua democracia [brasileira], daqueles que a querem ver crescer, e não minar", disse, dirigindo-se à presidente: "A sua luta também é luta em todo o mundo, por democracia".


O rapper Flávio Renegado discursou em nome de comunidades e periferias: "Nas favelas a gente ainda vive esse processo, porque a PM intervém duramente contra quem vive nas comunidades. É inaceitável ainda termos Amarildos sendo assassinados, Claudias sendo arrastadas, as Jessicas incomodam. Presidente mulher incomoda. Negro com voz incomoda. E vamos continuar a incomodar. E vamos fazer com que esse papel seja cumprido. A gente está hoje defendendo a voz das comunidades, do povo do gueto. Aqui é o Brasil de verdade falando, e o Brasil precisa conhecer o Brasil de verdade".

Em vídeo enviado, Tico Santa Cruz defendeu a garantia do respeito aos 54 milhões de votos. "Saúdo todos os guerreiros presentes, não somos poucos e vamos lutar ate o final", afirmou. Confira:


Já a sambista Beth Carvalho lembrou quando conheceu o ex-presidente Lula, ainda sindicalista e que, desde então, já nos anos 60, 70 e 80, muitos artistas do samba levaram a música aos mais diversos cantos do país como conscientização política.

"A classe artística mais uma vez se levanta para cumprir seu papel de vanguarda na defesa da democracia, da liberdade. Lembremos-nos de Leonel Brizola, pela sua campanha da legalidade. A classe artística se levanta na defesa das liberdades individuais, da Constituição brasileira e principalmente na defesa do amor, é o amor que faz o artista subir no palco, e levar a sua música.


O contrário do amor é ignorarem 40 milhões de pessoas que saíram da miséria. Falta de amor é o que faz o indivíduo atacar outro como ele só pela cor de sua camisa. O amor é o que faz com que a Dilma se levante todos os dias de cabeça erguida por um Brasil mais justo. Só podia ser uma guerrilheira, vai ter luta!", disse a sambista, arrancando aplausos.

Em seguida, um dos mais conceituados diretores de teatro do país, Aderbal Freire Filho fez um duro discurso, usando metáforas do vocabulário do teatro para explicar a política atual.

"Nesse momento tem sido muito usado um gênero teatral, a farsa. Eu li nessa semana um editorial de jornal que chamava de farsa quando os intelectuais, artistas, cidadãos diziam que o que esta em curso é um golpe. Farsa é exatamente o contrario. Farsa é quando personagens ridículos, fanfarrões, enterrados até o pescoço em corrupção, herdeiros de uma tradição antiga de conveniência, de escândalos nunca apurados, quando eles são usados, quando a imprensa usa esses personagens para escrever a farsa do impeachment", disse.

"Exemplo recente é querer justificar a tentativa de provar que não é golpe porque os ministros do Supremo dizem que impeachment não é golpe. Não somos marionetes, temos voz! O que nós estamos dizendo é que sem crime, e para atender a interesses escusos, é golpe", completou, voltando-se aos grandes meios de comunicação: "Essa imprensa muda de nomes. Agora chama de impeachment, já chamou de revolução. Foi golpe e é golpe".

Também nessa linha foi o vídeo enviado pelo professor sociólogo Leonardo Abritzer: "Essa é uma conjuntura de ódio, com aplauso de boa parte dos meios de comunicação".

Dilma: Somos um projeto político, ainda incompleto e inconcluso

Em resposta, a presidente Dilma Rousseff agradeceu todos os manifestos e manifestações dos representantes da classe artística, pesquisadores e intelectuais. E recordou o que foi o dia 31 de março: "Há 54 anos, nesse exato dia, um golpe militar deu início a uma fase da nossa história, ao arbítrio a direitos humanos, a direitos individuais. Nos dedicamos a uma luta que abrangeu um período longo da nossa história recente. Sofremos as consequências, muitos foram presos, outros torturados, outros obrigados a deixar nosso pais, outros morreram".

Dilma se lembrou de seus dias enquanto presa e torturada pela ditadura do regime militar brasileiro. "Nós aprendemos o valor da democracia. Nós aprendemos da pior forma possível, que é de dentro de um presídio, vendo as pessoas sofrerem, tentarem resistir à imensa força da tortura, tentando fazer com que a pessoa traísse o que ela acredita. Não é simplesmente a dor, é a quebra da integridade humana", contou.



"Aí nós chegamos ao governo. Nós somos um projeto político. Esse projeto não é de um partido apenas, é de um conjunto de pessoas de variadas origens. Nós tínhamos um foco, e esse foco estava sintetizado em duas coisas: desenvolver o Brasil e fazer a inclusão social", afirmou, completando que "o fim da miséria era só um começo" e que, a partir de então, entrariam "as Jessicas que mudariam radicalmente a questão da desigualdade, que é o acesso à educação de qualidade de milhões e milhões de brasileiros".

Dilma admitiu que ainda temos muitos problemas sociais. "Que esse processo é incompleto e inconcluso, eu não tenho a menor dúvida", afirmou. A presidente lembrou que milhares de brasileiros ainda não tem acesso a uma qualidade de educação, que seria o passo obrigatório para a "garantia da irreversibilidade da inclusão social".

Em seguida, explicou didaticamente o que é impeachment. Defendeu que não podemos "ter medo da palavra impeachment", que está prevista na nossa Constituição.

"No presidencialismo da Constituição, se eu não me engano nos artigos 85 e 86, está previsto impeachment em caso de crime de responsabilidade. O que a Constituição não autoriza é impeachment porque alguém não quer, ou porque interessa a setores que querem se beneficiar dele", disse.

Afirmou que se sofrer o impeachment, todos os outros governos também deveriam sofrer, por também praticarem as chamadas "pedaladas fiscais": "Que abrangem três coisas: o pagamento do Bolsa Família, o pagamento do Minha Casa, Minha Vida e lutamos contra a redução do crescimento econômico para o setor industrial do pais gerar emprego", afirmou.

"Todos os governos, sem exceção praticaram atos iguais ao que eu pratiquei. E sempre, sempre, com respaldo legal", disse. "Se chamaram no passado revolução de golpe, hoje estão tentando dar um colorido democrático a um golpe que não tem base. Alem disso, se perguntarem se é crime de responsabilidade qualquer processo nas contas, qualquer jurista dirá: não é crime", defendeu.

"O Brasil não pode ser cindido em duas partes. É o que estão propondo. Um golpe tem esse poder. Não é correto que as pessoas sejam estigmatizadas. Nem de um lado, nem de outro. Nós temos de lutar para superar esse momento e criar na nossa sociedade um clima de união. E não adianta alguns falarem 'vamos unir o pais'. Não se une destilando ódio, rancor e perseguição. O que nos une é a democracia e não se negocia aspectos dela", concluiu a presidente Dilma Rousseff.

Fotografias: Agência Brasil / Vídeos: Planalto

http://jornalggn.com.br/noticia/artistas-e-intelectuais-dizem-nao-ao-retrocesso-politico
Extraído do blog: www.suzyscosta.blogspot.com

Pastores - Teólogos

 


Cristo tenciona que suas igrejas sejam guiadas por homens que preenchem certas qualidades. Em suas cartas a Timóteo e Tito, o apóstolo Paulo escreveu com muita clareza a respeito do que os presbíteros de uma igreja devem ser. A principal preocupação é o caráter. Eles devem ser homens cujas vidas são exemplo de santidade.

Além disso, os homens que devem pastorear o rebanho de Deus têm de ser doutrinariamente corretos.

Precisam crer sinceramente na verdade e ser capazes de ensiná-la com clareza. Paulo estabeleceu esse fato em Tito 1.9, depois de ressaltar as qualificações morais que todo presbítero tem de possuir. Um presbítero, ele escreveu, deve ser "apegado à palavra fiel, que é segundo a doutrina, de modo que tenha poder tanto para exortar pelo reto ensino como para convencer os que o contradizem".

As igrejas devem ser assistidas pelo ministério de pastores que são teólogos. Essa idéia parece bastante estranha em nossos dias porque nos últimos cem anos testemunhamos uma separação desses ofícios. Pastores estavam ligados às igrejas, enquanto os teólogos, fomos levados a crer, estavam vinculados a universidades e seminários.

No entanto, a instrução de Paulo a Tito nos força a admitir que todo pastor é chamado a ser um teólogo. A verdade que Deus revelou em sua Palavra tem de ser explorada, entendida, crida, ensinada e defendida. Isso descreve a obra de um teólogo, e o ministério pastoral não pode ser realizado eficazmente por um homem que não se engaja nesse tipo de esforço.

As igrejas devem ser governadas pela Palavra de Deus. Os homens que têm a responsabilidade de liderar uma igreja não têm outra alternativa, senão a de serem bem alicerçados nas Escrituras.

Um pastor deve ser firme em sua compreensão da Palavra, "que é segundo a doutrina". Paulo estava se referindo ao que, naquele tempo, havia se tornado um corpo reconhecido de ensino doutrinário.

Antes de um homem ser qualificado para servir na função de pastor em uma igreja, ele deve "apegar-se" às doutrinas da Palavra de Deus; ou seja, ele tem de compreender essas doutrinas e crer nelas. Nem o pensamento superficial, nem um compromisso indiferente com os ensinos das

Escrituras será suficiente para o homem que deseja ser um pastor na igreja de Jesus Cristo. Isso significa que os pastores devem ser homens que se dedicam com diligência ao estudo e cultivam constantemente fé humilde.

Paulo menciona duas razões por que um pastor tem de ser um teólogo diligente. A primeira diz respeito à sua responsabilidade de nutrir e cuidar do rebanho ao qual ele serve. Pastores têm de alimentar as ovelhas, e a única dieta que Deus prescreveu para seu povo é a sua Palavra (Hb 5.12-14; 1 Pe 2.2). Um presbítero de igreja deve ser "apto para ensinar" (1 Tm 3.2), pois é por meio do ministério da Palavra que os crentes são alimentados. Como David Wells sugere corretamente, um pastor é um agente da verdade, cuja responsabilidade primária é estudar, proclamar e aplicar a Palavra de Deus, para que o "caráter moral seja formado e a sabedoria cristã se manifeste" no povo de Deus. Essa é a primeira razão por que um pastor tem de ser um teólogo – para que possa instruir na "sã doutrina".

Mas um pastor não tem apenas de ensinar os filhos de Deus. Ele precisa também defendê-los. Ele tem de afirmar a verdade e refutar o erro. E ambas as tarefas exigem discernimento resultante de estudo cuidadoso. A igreja de Cristo sempre esteve impregnada de pessoas que "contradizem" a sã doutrina. A tarefa dos pastores consiste de repreender essas pessoas, de modo que o erro delas não se espalhe, como um câncer,  na igreja (2 Tm 2.15-18).

O pastor tem de ser "bem instruído", escreveu Calvino, "no conhecimento da sã doutrina; a segunda é que tenha inabalável firmeza de coragem... e a terceira é que ele faça a sua maneira de ensinar tender à edificação".

Os maiores teólogos na história da igreja foram pastores fiéis. E os maiores pastores na história da igreja foram teólogos dedicados. É óbvio que os nomes em ambas as listas (com raras exceções) são
os mesmos.

Agostinho, Lutero, Calvino, Gill, Edwards, Fuller, Spurgeon e Lloyd-Jones eram pastores-teólogos. Eram homens que levavam bem a sério as qualificações apostólicas quanto a um presbítero e, no cumprimento de sua chamada para pastorear o rebanho de Deus, dedicaram-se fielmente à obra de teologia.

J. I. Packer observou sabiamente: "Para ser um bom expositor... um homem tem de ser, primeiramente, um bom teólogo. Teologia é aquilo que Deus colocou nos textos da Escritura, e teologia é aquilo que os pregadores devem extrair desses textos".
Se anelamos ver renovada vitalidade espiritual enchendo as nossas igrejas, temos de insistir com aqueles que servem como pastores para que reconheçam estar inerente em sua vocação a responsabilidade de serem teólogos sãos. Somente assim o povo de Deus será instruído apropriadamente no caminho de Cristo e protegido, com eficácia, de erros e heresias que corroem a saúde espiritual.

Traduzido por: Francisco Wellington


O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. Em caso de dúvidas, faça contato com a Editora Fiel.
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Thomas K. Ascol
Autor Thomas K. Ascol

Thomas K. Ascol é pastor da Grace Baptist Church em Cape Coral, na Flórida, EUA. Obteve seus graus de mestrado (M.Div) e doutorado (P.hD) pelo...

quarta-feira, 30 de março de 2016

Mídia internacional denuncia golpe e manipulação midiática


  Glenn Greenwald, jornalista escolhido por Edward Snowden para revelar ao mundo a espionagem do governo americano, publicou uma fortíssima denúncia contra a tentativa de golpe em curso no Brasil.

 

THE INTERCEPT (Estados Unidos): Brazil Is Engulfed by Ruling Class Corruption and a Dangerous Subversion of Democracy 

 

Entrevista de Gleen Greenwald para o Democracy Now



 

PUBLICO (Portugal): A justiça partidária e o limiar do golpe no Brasil – Publico – Portugal

 

DER SPIEGEL (Alemanha): Golpe frio no Brasil

 

THE ECONOMIST (Inglaterra):  Juiz Moro pode ter ido longe demais 

 

AL JAZEERA (Emirados Arábes): The Listening Post (Full) – Dilma Rousseff’s Watergate

 

EL PAÍS (Espanha): O Brasil perante o abismo

 

THE HUFFINGTON POST (Estados Unidos): Os deslizes do juiz Sérgio Moro

 

CEPAL: CEPAL manifesta preocupação diante de ameaças à democracia brasileira

 

ONU: Escritório de Direitos Humanos da ONU afirma preocupação com contexto político brasileiro

 

THE WIRE (India): A Coup is in the Air: The Plot to Unsettle Rousseff, Lula and Brazil

 

LE FIGARO (França):  Brésil : indignation après la publication d’une écoute téléphonique entre Rousseff et Lula

 

BBC NEWS (Estados Unidos): Brazil crisis: There may be bigger threats than Rousseff’s removal

 

LOS ANGELES TIMES (Estados Unidos): The politicians voting to impeach Brazil’s president are accused of more corruption than she is

 

THE WASHINGTON POST (Estados Unidos): How the release of wiretapped conversations in Brazil threatens its democracy

 

Manifesto de intelectuais estrangeiros: BRAZILIAN DEMOCRACY IS SERIOUSLY THREATENED

 

 http://erminiamaricato.net/2016/03/29/midia-internacional-denuncia-golpe-e-manipulacao-midiatica/

 

Extraído do blog: www.suzyscosta.blogspot.com

Fernando Morais Explica Por Que o Golpe é Golpe



247 - O escritor Fernando Morais publicou em seu Facebook postagem na qual reafirma que a tentativa de impedimento da presidente Dilma Rousseff é golpe.
"O processo de impeachment em curso é, sim, um golpe de estado, pela singela razão de que Dilma Rousseff não cometeu crime de responsabilidade", afirma.

Abaixo a publicação:

a respeito do post com a entrevista que dei para o uol, acho bom deixar algumas coisas claras.

1 – não deleguei a ninguém o direito de escolher meus amigos.


2 – não tenho dificuldades para me relacionar com pessoas que não pensam como eu; tenho amigos em todos os espectros ideológicos.

3 – sou filiado ao pmdb desde 1974, quando ele ainda era mdb, mas desde 2002 não tenho vida partidária. não sigo orientações do partido e sequer sei onde fica sua sede em são paulo.

4 – nas eleições dos últimos anos tenho pedido votos aqui no foicebook para candidatos do pt, do pc do b, do psol... e do pmdb. nas eleições de 2014, por exemplo, gravei vídeos de apoio à candidatura do senador roberto requião, do pmdb, a governador do paraná.

5 – desde 1978, quando me elegi deputado pela primeira vez, mantenho com o vice-presidente michel temer relações reciprocamente respeitosas.


6 – não concordo em que temer seja “o chefe” do golpe. antes dele estão setores do ministério público, do judiciário e da polícia federal e a ampla maioria dos grande meios de comunicação.

7 – por último, mas não por menos importante: o processo de impeachment em curso é, sim, um golpe de estado, pela singela razão de que dilma rousseff não cometeu crime de responsabilidade.

 http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/223130/Fernando-Morais-explica-por-que-o-golpe-%C3%A9-golpe.htm


terça-feira, 29 de março de 2016

"Assistimos a Um Golpe No Brasil Em Transmissão Direta", Diz Escritor e Ex-Deputado Português

    29 de março de 2016

Vinho oferecido em Lisboa aos participantes do seminário de Gilmar Mendes
Vinho oferecido em Lisboa aos participantes do seminário de Gilmar Mendes

Do português Francisco Louçã, economista, ex-deputado, professor de economia na Universidade de Lisboa e escritor, no jornal Público


Assistimos no Brasil a um golpe de Estado em transmissão directa, por vezes em câmara lenta, outras em aceleração frenética. É assim que se procede no século XXI: em vez de tanques nas ruas, tudo começa com um juiz que quer derrubar um governo, declarando guerra ao princípio da soberania democrática. É golpe curto, bem sei, prender para eliminar politicamente e depois deixar as coisas seguirem o seu destino.

Para este propósito monumental, vem o juiz. O juiz é um poder, e neste caso é certamente um poder especial, pois ignora a proclamada separação de poderes e actua fora da lei, mas é um poder que pode tudo, pois não será corrigido em tempo útil, se é que alguma vez o será. O mal está feito, a desconfiança semeada, o pânico nas ruas, só não sabemos como vai prosseguir a saga.

Começou com a primeira detenção de Lula que era ilegal, e era mesmo. Depois, a escuta será ilegal, e é, a sua divulgação um crime, e é, a escuta abrangia todos os advogados de um escritório, e isso é delirantemente ilegal, o juiz é suspeito de intuito partidário, e não o esconde, a própria perseguição e o pedido de prisão preventiva não têm fundamento legal, e não têm mesmo, mas o juiz é um poder inexpugnável e por isso pode desencadear uma tempestade. Segundo Marco Aurélio Mello, Juiz do Supremo Tribunal Federal, referindo-se a Sérgio Moro, o magistrado que desencadeou as primeiras salvas do golpe, “ele simplesmente deixou de lado a Lei”.

Precipitado pelos magistrados golpistas, a manobra decide-se por estes dias no balanceamento dos movimentos da opinião pública, na ocupação da rua, nos ajustes de contas partidários e sobretudo na corrida contra o tempo. O que é certo é que nunca tínhamos visto um golpe de Estado assim: no Brasil, em 1964, no Chile, em 1973, na Argentina, em 1976, foi com baionetas que a ditadura avançou e não com sentenças ou acusações judiciais. Este novo tipo de golpe é mais eficaz, mobiliza a dúvida e espalha os ódios, disputa a aceitação e mesmo a participação de parte da população, ocupa o terreno do simbólico, que é a sede da política.

Esta técnica de golpe de Estado neutraliza a argumentação e assim exclui a razão, porque se baseia na hegemonia afirmada de um poder supremo e imune à democracia. O César é o juiz, que se apresenta como um pai moralizador ou como o braço da vingança divina. Ele é o poder que pode tudo e por isso dispensa uma ditadura, se o choque e pavor tiverem como consequência a destruição eleitoral dos seus adversários, e neste caso a decapitação política de Lula, o mais temido candidato a re-presidente. O golpe tem este objectivo preciso: prender Lula, seja com que pretexto for.

O golpe está por ora a vencer, mas veremos o que decide o Supremo Tribunal, que o pode parar por agora. Só depois virá o processo de demissão de Dilma, conduzido por uma comissão parlamentar em que mais de metade dos deputados está a contas com a justiça, e esse será o segundo acto da farsa.

Todos estamos a adivinhar o desfecho.

Vladimir Safatle, , citado por Alexandra Lucas Coelho aqui no PÚBLICO, escreve a sua indignação na “Folha de S. Paulo”: “Não quero viver em um país que permite a um juiz se sentir autorizado a desrespeitar os direitos elementares de seus cidadãos por ter sido incitado por um circo midiático composto de revistas e jornais que apoiaram, até o fim, ditaduras, e por canais de televisão que pagaram salários fictícios para ex-amantes de presidentes da República a fim de protegê-los de escândalos. O Ministério Público ganhou independência em relação ao poder executivo e legislativo, mas parece que ganhou também uma dependência viciosa em relação aos humores peculiares e à moralidade seletiva de setores hegemônicos da imprensa. Passam-se os dias e fica cada dia mais claro que a comoção criada pela Lava Jato tem como alvo único o governo federal. Por isso, é muito provável que, derrubado o governo e posto Lula na cadeia, a Lava Jato sumirá paulatinamente do noticiário, a imprensa será só sorrisos para os dias vindouros, o dólar cairá, a bolsa subirá e voltarão ao comando os mesmos corruptos de sempre, já que eles foram poupados de maneira sistemática durante toda a fase quente da operação. O que poderia ter sido a exposição de como a democracia brasileira só funcionou até agora sob corrupção, precisando ser radicalmente mudada, terá sido apenas uma farsa grotesca.”

Esta farsa grotesca, este golpe, havemos de convir que foi preparado ao longo de muito tempo. Havia esse ódio de classe contra Lula, um torneiro mecânico feito grande do país, havia o medo social das elites urbanas contra a massa popular em cidades de quinze milhões de habitantes, havia a raiva de latifundiários contra os sem-terra, havia as listas de sindicalistas a assassinar, tudo se foi conjugando para estes dias de chumbo.

Mas, ainda assim, mesmo com tanto ódio, nada fazia prever a cavalgada dos juízes e dos seus partidários. De facto, Lula governou sem beliscar os interesses dos que temem pela propriedade e pelo estatuto, o seu partido foi-se habituando aos salões e cultivando a intriga. Nem a terra foi distribuída nem a indústria e a finança foram ameaçadas ou entregues ao povo, que recebeu uns reais para que a pobreza ficasse menos pobre, umas escolas e universidades para os seus filhos e muita paciência para todos porque o Brasil ainda há-de ser um imenso Portugal. O pouco que mudou, mudou alguma coisa para muita gente dos de baixo mas nada para os de cima. E o Brasil viveu tranquilamente o encabulamento da Copa do Mundo e depois voltou à sua vida de todos os dias.
Nada fazia prever o golpe, portanto.

Dilma remou na mesma maré. Inaugurou o segundo mandato cedendo tudo à direita, nomeando para postos chaves do governo o homem que seria o ministro das finanças do seu adversário e uma representante de terratenentes para a agricultura. Porque deu tudo aos adversários, o golpe parecia coisa de ficção ou de jogo de computador.

Até que chegou o Caso Petrobrás, ou Lavajato. E ele tocou no ponto frágil de toda esta construção, os partidos, tanto do governo como da oposição. O principal partido de direita que faz parte do acordo governista, o PMDB, distinguiu-se entre os que, com o presidente do Parlamento Federal, Eduardo Cunha, correm contra o tempo da acusação judicial e da prisão, depois de as suas contas no estrangeiro serem identificadas e ser exibida a mão que lhe pagou. Outra parte do PMDB, com o vice-presidente Temer, perfila-o como sucessor de Dilma se conseguir a sua impugnação. No PSDB, o principal partido de oposição, luta-se entre os que querem demitir Dilma agora (com alguma acusação derivada do Lavajato), para provocar uma eleição a curto prazo, ou os que querem demiti-la depois (com o processo rocambolesco sobre o financiamento da campanha eleitoral), conforme as conveniências de cada um, seja Serra, Alckmin ou Aécio Neves, colegas e inimigos. Todos correm contra o tempo e isso cria uma irracionalidade colectiva: os chefes partidários, apanhados na teia da corrupção e irmanados na desgraça, escolheram todos o quanto pior melhor. Quanto mais depressa incendiarem o Brasil, mais depressa esperam sentir-se aliviados da pressão sobre cada um deles.

É preciso reconhecer que o PT alimentou esta monstruosidade. Os seus dirigentes acreditaram que a composição da aliança governista criaria uma distribuição de benesses e um espírito situacionista que cimentaria esta multidão de partidos e de interesses graúdos. Chegou-se ao ponto, quanto as primeiras frestas estalaram, de agenciar a compra e venda de votos de deputados com o Mensalão, para manter o governo a flutuar entre as suas próprias piranhas. A força do PT, a sua capacidade de ter um voto eleitoral maioritário, mas num sistema eleitoral que lhe rouba a maioria e favorece o aliancismo tacticista, deu lugar a um sistema de corrupção que se tornou uma marca de governo. Ao abeirar-se dos donos do Brasil, o PT pareceu-se cada vez mais com eles, nos tiques e nas ambições.
Só que essa mimetização e essas alianças nunca aplacariam o ódio de classe nem amenizariam a raiva da direita que era forçada a partilhar o poder. Por isso, a espiral da radicalização transformou ainda mais os partidos, com um parlamento em que as bancadas que cresceram são as das seitas religiosas fanáticas, os defensores do tiroteio e dos fuzilamentos policiais, ou de outras particularidades. O que agora junta esta turbamulta é o alvo Dilma e, sobretudo, o alvo Lula. Os magistrados golpistas pressentiram a oportunidade e interpretaram o momento de descontrolo, descendo à terra como anjos exterminadores. E temos golpe.

Seria ocioso dizer agora que esta esquerda nunca aprendeu nada. Que um sistema eleitoral que corrompe é um salvo-conduto para a direita. Que alianças com partidos ou políticas destruidoras são impeditivas da mobilização do povo. Que o braço dado com a finança é repressão da vida das pessoas. Mas tudo isso é a vida falhada de um governo que criou tanta expectativa e que prometeu tanto a tanta gente que já viveu tanta mentira.

O Brasil tornou-se assim um pavor de ameaças neste golpe em câmara lenta: estamos a vê-lo, adivinhamos como vai acabar, mas o filme é inacessível para quem olha. Vemo-lo, em todo o caso, e, nele, o que é insuportável é a arrogância dos golpistas, o que é execrável é a justificação justiceira para a ilegalidade e para o arbítrio sem regras, o que é triste é este fracasso político de um governo que esperava ocupar o poder e viver dele como se o tempo passasse e tudo compusesse. Como se viu, a história, que é quem tem o poder ou o assume, virou-se sobre si própria e começou a destroçar este ciclo de governação.

Mas, olhando o Brasil daqui de fora e conhecendo alguma coisa de dentro, só vejo desperdício de esperança, tanta tristeza, tanta gente extraordinária que está a ser sacrificada, tanta ameaça contra a liberdade, tanta pesporrência golpista, tanta violência evocativa da ditadura militar, tanta asquerosa condenação dos mais fracos: nesse mundo eles não têm direito.

Vive-se no Brasil como se este golpe avançasse e o povo ficasse parado a ver, já não acreditando em nada. Não precisavamos desta farsa de golpe para nos lembrarmos que a história é parteira de tragédias.

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/assistimos-a-um-golpe-no-brasil-em-transmissao-direta-diz-escritor-e-ex-deputado-portugues/



Extraído do blog:www.suzyscosta.blogspot.com

Moro protege os Golpistas da Odebrecht - Por isso a Lista sumiu!


https://www.youtube.com/watch?v=wOZiPU5xGTs

Extraído do Blog: suzyscosta.blogspot.com

Submissão : Muito Mais Que Ceder

 

 

por Rebecca Jones

 Princípios bíblicos para honrar os maridos de forma radical

Enquanto eu dirigia, trazendo minha filha de quinze anos da ginástica para casa, eu ouvia atentamente sua descrição de um momento doloroso e embaraçoso. Suas emoções pesavam não só em minha alma, mas também no pedal do acelerador. Uma náusea tomou conta de mim enquanto eu via as luzes piscando atrás de nós. Quando o policial me perguntou se eu tinha alguma razão para dirigir a 40 milhas por hora em uma zona de 30 milhas por hora, eu simplesmente respondi: “Não senhor, eu só não estava prestando atenção”.

Quando terminamos as formalidades do processo de emissão da multa, eu saí dirigindo (devagar!). Minha filha, que agora já estava realmente soluçando pela tensão adicional de me ver receber uma multa que eu não poderia pagar, começou a reclamar de quão injusto o policial tinha sido.

“Não”, eu insisti. “Ele não foi injusto. Se eu estava indo acima do limite de velocidade, ele tinha todo o direito de me parar e me dar uma multa”.

“Mas ele foi tão arrogante, tão sabe-tudo”, minha filha argumentou. “E ele poderia ter apenas te dado um aviso”.

“Bem, eu já vi coisa pior”, eu respondi.

Eu não estava chateada com aquele policial nem tive medo dele como pessoa. Eu não me senti nem melhor nem pior que ele, mas ele era um policial e eu não. Naquela situação, eu era chamada a me submeter à sua jurisdição.

Mudanças culturais

Essa situação de autoridade legal é, praticamente, a única figura de submissão que ainda temos em nossa sociedade. Apesar de não ser particularmente útil quando pensamos a respeito de uma esposa se submetendo a seu marido, ela ilustra um princípio. Assim como o policial não era “melhor” do que eu, mas simplesmente estava exercendo a autoridade que lhe foi delegada, também um marido não é “melhor” que sua esposa meramente por estar em autoridade. Ela não é um ser humano menos digno que ele, mas a autoridade é parte da tarefa, da identidade e do chamado dele.

Eu não tenho mais ouvido ou lido a palavra “submissão”. Imagino que a pessoa comum daria a essa palavra uma conotação negativa. Somente fracotes se submetem. A pessoa realizada é forte, autônoma e automotivada.

Quando eu estudava na Wellesley College, o movimento feminista estava ganhando força. Era chocante se uma mulher anunciasse que sua vocação escolhida era o casamento e a maternidade.

Desde então, essas atitudes em relação a esposas e mães se espalharam ao ponto de não serem mais domínio da esquerda radical, mas a opinião comum na sociedade em geral.

Nesse contexto, até mulheres cristãs têm dificuldade de se ajustar às palavras do apóstolo Paulo aos Efésios: “As mulheres sejam em tudo submissas a seu marido”. Claro, alguns tentam argumentar que o que Paulo quer dizer é uma submissão menos ofensiva, toma-lá-dá-cá, em que cada parte simplesmente considera as necessidades da outra. Para apoiar esse ponto de vista, alguns usam Efésios 5.21, que parece sugerir uma submissão mútua, meio a meio, que poderia passar despercebida pelos guardiães do politicamente correto em nossa cultura.

Mas certamente nós percebemos o sentido implícito desse verso no contexto de todo o livro. Paulo segue ao comando de “sujeitar-vos uns aos outros” pelos modos através de quais nos submetemos, ou seja, esposas a maridos, filhos a pais, escravos a senhores (ou, em nossa sociedade, empregados a chefes). Se Paulo estava apenas enfatizando um princípio geral de submissão mútua, por que ele iria enumerar casos específicos? Se ele quisesse ilustrar a mutualidade da submissão, ele teria enfatizado os dois lados da questão, especificando: “Escravos, sujeitai-vos a seus senhores como, mestres, a seus escravos. Maridos, sujeitai-vos a suas esposas, como, esposas, a seus maridos. Pais, sujeitai-vos a seus filhos, como, filhos, a seus pais”. Pelo contrário, essa passagem é revoltantemente antidemocrática.

Então, como pode uma mulher cristã, hoje, viver essa noção de submissão? O que está envolvido nisso?

Dois princípios

Usemos dois padrões de pensamento paulinos para iluminar nossa discussão sobre submissão. Talvez, se nós pudermos treinar-nos a pensar um pouco mais como o apóstolo Paulo, nós entendamos com o que essa submissão deve se parecer.

Primeiramente, Paulo nos dá o princípio de obediência positiva radical. Algumas pessoas já o descreveram como retirar e colocar. Note, em Efésios 4.28, quando Paulo fala sobre o furto, ele não para no mandamento negativo “não furte mais”. Antes, ele nos diz que, de forma a não furtar mais, nós deveríamos usar nosso tempo trabalhando com nossas próprias mãos. Mas isso ainda não é suficiente. O ladrão deve parar de furtar e trabalhar para que tenha com que acudir ao necessitado.

Então, o comportamento negativo é furtar, o comportamento “neutro” é trabalhar com as próprias mãos e o comportamento positivo é dar seus bens a outros.

Vemos Paulo usar esse mesmo princípio em relação à fala. Não é suficiente parar de mentir ou mesmo silenciar, mas deve-se falar a verdade tendo como objetivo a edificação (Ef 4.29). Igualmente, nós não devemos ser bêbados, mas devemos ser cheios do Espírito para que possamos entoar hinos e cânticos espirituais sob Seu controle para a edificação do corpo de Cristo (Ef 5.18-19).


O segundo princípio paulino que nos ajudará a entender submissão é o princípio de paralelismo. Paulo traça um forte e específico paralelo entre o relacionamento de Cristo com a Igreja e o relacionamento do marido com sua esposa. A própria razão pela qual Deus criou homens e mulheres e a profunda união física e espiritual que eles experimentam no casamento é para ensinar-lhes sobre Cristo. Todas as estruturas da criação de Deus existem para nos ajudar a compreender Sua natureza.

Ele nos encoraja a aprender sobre Cristo e a Igreja pelo que sabemos do relacionamento no casamento e também a aplicar o que sabemos da união entre Cristo e sua Igreja em nossos casamentos, para que possamos melhor compreender como amar no contexto dessa união.
Apliquemos esses dois modos paulinos de pensamento à submissão.

 Honra radical

Mulheres que, ativamente, se rebelam contra a autoridade de seus maridos, recusando-se a aceitar o que Deus colocou em suas vidas para proteção, obviamente não estão em submissão. Mas, à luz de uma obediência positiva radical, não é suficiente que tal mulher seja apenas neutra. Submissão não é uma passividade relutante ou laissez-faire. Para obedecer ao mandamento de Cristo de submeter-se, uma esposa deve tentar conhecer o coração de seu marido, honrar esse coração, orientar-se por seus desejos e alegrias, seus instintos e paixões, e alinhar a si mesma e a seus filhos a esses desejos e paixões.

Nós, esposas, não devemos apenas não depreciar nossos maridos, mas devemos elevá-los. Nós não devemos apenas não lhes negar nossos corpos, mas somos chamadas a entregar-nos com alegria. Não devemos apenas tentar “não os dominar”, mas devemos desejar aumentar sua autoridade e respeito de toda forma possível, seja aos olhos de nossos vizinhos, de nossos filhos ou de nossos amigos da Igreja. A famosa passagem de Provérbios 31 mostra uma mulher que usa sua grande iniciativa e criatividade para controlar uma esfera de influência que lhe foi dada por seu marido, de maneira a trazer honra ao nome dele.

 Fazer convergir nele

A submissão de uma esposa a seu marido deve ser paralela à submissão da Igreja a Cristo. A tarefa da Igreja é aprender a fazer convergir todas as coisas no cabeça, Cristo (Ef 1.10), e permitir que seu Salvador a santifique (5:26). Devemos levar cativo todo pensamento a Cristo (2 Co 10.5). Devemos ter nossas mentes renovadas (Rm 12:2), conformando-as à mente de Cristo, nosso Salvador. Devemos ser purificados por meio da lavagem de água pela palavra de Cristo (Ef 5.26). A Igreja deve adotar o coração de Cristo.

A tarefa de uma esposa de submeter-se a seu marido é muito mais do que, simplesmente, aquiescer quando acontece de a vontade dele ir de encontro à dela ou permitir que ele tome decisões sem fazer objeções. Uma esposa deve fazer convergir todas as coisas em uma cabeça, seu marido. Em outros termos, na esfera de seu lar, onde seu marido é a cabeça, a esposa deve reunir, juntar e submeter todas as coisas que estão sob sua supervisão (inclusive seus filhos!) ao controle de seu marido.

Sou casada há vinte e oito anos. Conforme vou, gradualmente, compreendendo a natureza radical da submissão, também compreendo a profundidade de minha própria rebelião. Sem o poder e a graça de Cristo, a Igreja não pode viver à altura do alvo de fazer convergir todas coisas no cabeça, isto é, em Cristo. Sem o poder e a graça de Cristo, nunca poderei começar a fazer convergir todas as coisas em meu lar em uma cabeça, isto é, meu marido. Mas, em minha fraqueza, eu aprendo sobre a força de Cristo. Enquanto me esforço para submeter-me a meu marido e alinhar-me a seu coração, mesmo quando eu não o compreendo, eu também estou ajudando a fazer convergir todas as coisas em Cristo.

Pois o homem é a cabeça da mulher, Cristo é a cabeça do homem e até mesmo Cristo irá sujeitar todas as coisas aos pés de seu Pai, quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas (1 Co 15.21-28).
Assim, o que é submissão? É participar, com todo o coração, na exaltação de seu marido e elevá-lo a glória e honra sob Cristo.

Sem compreender a base bíblica de sua conclusão, uma aluna de Wellesley, tendo chegado à beira de um segundo divórcio, disse: “Eu acho que meu primeiro marido estava certo. São necessárias duas pessoas para fazer um sucesso”. Deus me deu para meu marido, para ajudá-lo a ter sucesso em sua tarefa de fazer convergir sua família e seu lar na liderança de Cristo e em seu trabalho de pregar claramente o Evangelho. Quando filhos se submetem a seus pais na força do Senhor, quando empregados se submetem a seus chefes através do maravilhoso poder do Evangelho e quando esposas se submetem a seus maridos, todos nós crescemos juntos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo (Ef 4.15). E nós enchemos todas as coisas com o conhecimento do glorioso Deus do Evangelho (4.10), que nos amou com amor eterno.

Através de radicalmente se submeterem a seus maridos com alegria, pelo poder do Espírito Santo, esposas cristãs participam não apenas do mandamento original de encher a terra e sujeitá-la, mas também no maior e celestial mandamento à Igreja de mostrar “a multiforme sabedoria de Deus” aos dos principados e potestades (Ef 3.10) e de chegar “à medida da estatura da plenitude de Cristo” (4.13), de forma a elevá-lo em glória e “encher todas as coisas” (4.10). Quão grandioso e elevado é nosso chamado e que Salvador abnegado temos para nos mostrar o caminho.

Traduzido por Sarah Buckley

Traduzido por Reforma21 | Reforma21.org | Original aqui
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