quarta-feira, 27 de abril de 2016

Filipenses 1:15-18 e a banalização do Evangelho

Um amigo no Twitter me perguntou se Filipenses 1:18 não justificaria o evangelho gospel e o show gospel. Acho que ele tinha em mente o festival gospel na Globo e a hipotética novela da Globo com uma heroína evangélica.

Para quem não lembra, Paulo diz o seguinte em Filipenses 1:15-18:
“Alguns, efetivamente, proclamam a Cristo por inveja e porfia; outros, porém, o fazem de boa vontade; estes, por amor, sabendo que estou incumbido da defesa do evangelho; aqueles, contudo, pregam a Cristo, por discórdia, insinceramente, julgando suscitar tribulação às minhas cadeias. Todavia, que importa? Uma vez que Cristo, de qualquer modo, está sendo pregado, quer por pretexto, quer por verdade, também com isto me regozijo, sim, sempre me regozijarei” (Fp 1:15-18).
A interpretação popular desta passagem, especialmente desta frase de Paulo no verso 18, “Todavia, que importa? Uma vez que Cristo, de qualquer modo, está sendo pregado, quer por pretexto, quer por verdade, também com isto me regozijo, sim, sempre me regozijarei” – é que para o apóstolo o importante era que o Evangelho fosse pregado, não importando o motivo e nem o método. A conclusão, portanto, é que podemos e devemos usar de todos os recursos, métodos, meios, estratégias, pessoas – não importando a motivação delas – para pregarmos a Jesus Cristo. E que, em decorrência, não podemos criticar, condenar ou julgar ninguém que esteja falando de Cristo e muito menos suas intenções e metodologia. Vale tudo.

Então, tá. Mas, peraí... em que circunstâncias Paulo disse estas palavras? Se não me engano, Paulo estava preso em Roma quando escreveu esta carta aos filipenses. Ele estava sendo acusado pelos judeus de ser um rebelde, um pervertedor da ordem pública, que proclamava outro imperador além de César.

Quando os judeus que acusavam Paulo eram convocados diante das autoridades romanas para explicar estas acusações que traziam contra ele, eles diziam alguma coisa parecida com isto: “Senhor juiz, este homem Paulo vem espalhando por todo lugar que este Jesus de Nazaré é o Filho de Deus, que nasceu de uma virgem, que morreu pelos nossos pecados e ressuscitou ao terceiro dia, e que está assentado a direita de Deus, tendo se tornado Senhor de tudo e de todos. Diz também que este Senhor perdoa e salva todos aqueles que creem nele, sem as obras da lei. Senhor juiz, isto é um ataque direto ao imperador, pois somente César é Senhor. Este homem é digno de morte!”

Ao fazer estas acusações, os judeus, nas próprias palavras de Paulo, “proclamavam a Cristo por inveja e porfia... por discórdia, insinceramente, julgando suscitar tribulação às minhas cadeias” (verso 17).

Ou seja, Paulo está se regozijando porque os seus acusadores, ao final, no propósito de matá-lo, terminavam anunciando o Evangelho de Cristo aos magistrados e autoridades romanos.

Disto aqui vai uma looooonga distância em tentar usar esta passagem para justificar que cristãos, num país onde são livres para pregar, usem de meios mundanos, escusos, de alianças com ímpios e de estratégias no mínimo polêmicas para anunciar a Cristo. Tenho certeza que Paulo jamais se regozijaria com “cristãos” anunciando o Evangelho por motivos escusos, em busca de poder, popularidade e dinheiro, pois ele mesmo disse:
“Porque nós não estamos, como tantos outros, mercadejando a palavra de Deus; antes, em Cristo é que falamos na presença de Deus, com sinceridade e da parte do próprio Deus” (2Co 2:17).
“Pelo que, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos; pelo contrário, rejeitamos as coisas que, por vergonhosas, se ocultam, não andando com astúcia, nem adulterando a palavra de Deus; antes, nos recomendamos à consciência de todo homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade” (2Co 4:1-2). 
“Ora, o intuito da presente admoestação visa ao amor que procede de coração puro, e de consciência boa, e de fé sem hipocrisia. Desviando-se algumas pessoas destas coisas, perderam-se em loquacidade frívola, pretendendo passar por mestres da lei, não compreendendo, todavia, nem o que dizem, nem os assuntos sobre os quais fazem ousadas asseverações” (1Ti 1:5-7). 
“Se alguém ensina outra doutrina e não concorda com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com o ensino segundo a piedade, é enfatuado, nada entende, mas tem mania por questões e contendas de palavras, de que nascem inveja, provocação, difamações, suspeitas malignas, altercações sem fim, por homens cuja mente é pervertida e privados da verdade, supondo que a piedade é fonte de lucro” (1Ti 6:3-5). 
“Eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem ou de sabedoria. Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado. E foi em fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós. A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus” (1Co 2:1-5).
Portanto, usar Filipenses 1:18 para justificar esta banalização pública do Evangelho é usar texto fora do contexto como pretexto.
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Por Rev. Augustus Nicodemus Lopes

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Existem "Levitas" Em Nossos Dias?


Desde que me entendo por gente (e não faz tanto tempo assim) a maioria das igrejas atribuem o nome de “Levitas” aos músicos da Igreja e para aqueles que fazem parte do ministério de Louvor.
Numa tentativa de associar o ofício levítico aos músicos, chegamos a um problema comum: no novo testamento, não encontramos nenhuma referência ou orientação que nos ensine que os músicos devem ser chamados de levitas. Isso, por si só, já deveria causar, pelo menos, um questionamento, mas sabemos que na prática, não é o que acontece.

Originalmente, o conceito de LEVITA, vem do Antigo Testamento, que eram os descendentes de Levi, que por sua vez, era filho de Jacó.

No livro de Êxodo capítulo 32 versículo 26 lemos o seguinte: “Moisés ficou de pé no meio do acampamento e exclamou: “Quem for de Yahweh venha até mim!”Todos os filhos de Levi reuniram-se em torno dele.”

A passagem questão refere-se ao momento em que Moisés desce do monte e vê o povo israelita cometendo o pecado da idolatria em torno de um bezerro de ouro. No versículo, podemos ver que os filhos de Levi, os Levitas, se posicionaram em servir o Senhor, e somente ao Senhor. E a partir de então começaram a servir a Deus como ministros.

Entre os levitas, havia sacerdotes que eram da família de Arão bem como seus ajudantes. Neste contexto, o ofício dos Levitas, no Antigo Testamento era todo tipo de manutenção, bem como carregar os utensílios, e isso está em diversos textos no Antigo Testamento (Números capítulos 4, 8, 18).

Muito interessante constatar que, naquele tempo, os levitas não eram músicos, e também não eram os responsáveis pela música, ou os “maestros” do Tabernáculo.

Somente no 1 Livro das Crônicas, no capítulo 9 é que o Rei Davi designou alguns dos levitas para serem os responsáveis musicais. Porém, ao observarmos os capítulos 23 e 25, veremos que muitos dos levitas tinham outros ofícios como porteiros, padeiros, guardas, e etc.

Então, para os nossos dias, não é correto usar o nome “LEVITA” aos músicos, pois a origem dessa prática é muito comum aos adeptos do movimento judaizante.
Sem contar que a maioria dos que se dizem “LEVITAS” só tocam em algumas “igrejas”. Não ajudam com absolutamente mais nada, e principalmente hoje, criou-se um status para que sejam chamados de levitas e tratados como artistas.

É triste, mas é a nossa realidade.

Mais uma vez reforço que chamar músico de igreja de levita não tem respaldo bíblico e quem assim o faz, não entende nem o contexto do Antigo Testamento, e muito menos a realidade da Igreja Contemporânea.

Que Deus nos ajude.

Abraço!

Marco Aurélio Cicco

Extraido: reformai.com

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Pastores: Vocês São Culpados De Sabotar o Evangelho?

por Byron Yawn


Às vezes nós, como pastores, apenas supomos que por estar por aí, fazendo as coisas do jeito que sempre fizemos, estamos ajudando a levar o evangelho para a linha de frente. Nunca pensaríamos que (em nosso ministério de liderança e pregação) podemos estar prejudicando ou, pior ainda, sabotando o avanço do evangelho. Essas coisas são boas para nos avaliarmos e pensarmos. Para a glória de Cristo, em benefício dos outros, do nosso ministério e da igreja de Cristo, encoste o carro e pense sobre isso.

Aqui estão alguns sinais de que você pode estar sabotando o evangelho em sua igreja:

Aqueles que ouvem sua pregação regularmente descrevem a própria salvação na primeira pessoa (eu cri em Jesus, eu pedi que Jesus entrasse em meu coração, eu tive fé) e não na terceira pessoa (Deus me redimiu, Deus declarou-me justo, Cristo morreu por mim).

Seu povo tem a impressão de que o grande mandamento e a regra de ouro são o ponto central da ética coletiva cristã e não o Evangelho que os salvou das consequências de terem todos falhado.

Seus sermões contêm cinco coisas para fazer, mas omitem a única pessoa a quem recorrer quando não se consegue realizar as cinco coisas.

Quando você prega o Antigo Testamento, as pessoas veem a necessidade de imitar a vida de Abraão, Moisés e Davi, mas nunca percebem que Abraão, Moisés e Davi precisavam da vida íntegra de Cristo.

Seu povo tem raiva dos não salvos por serem não salvos.

Seu povo confunde misericórdia com “Graças a Deus, não sou como os outros”, ao invés de “Como

Deus poderia salvar alguém como eu?”

Seu povo pensa que a Igreja é o inimigo.

Seu povo pensa que os perdidos são o inimigo.

Se perguntado “o que é o Evangelho?“, seu povo só é capaz de descrever o que não é.

Seu povo pensa que não é característico dos cristãos confessarem os seus pecados e fraquezas.

Se o seu sermão fosse pregado em uma sinagoga judaica ninguém se oporia. As chances de você ser convidado a retornar e dar uma série sobre o desenvolvimento de uma cosmovisão cristã são grandes, e você acharia isso encorajador.

Seu povo tem anotações em suas Bíblias, mas nenhuma ideia do que (ou de quem) se trata.

Seu povo está animado com o potencial de uma vida mais abundante, mas não consegue ficar animado com a vida íntegra de Jesus.

Seu povo pensa que o objetivo da igreja é se segurar até Jesus voltar.

Debaixo de convicção do pecado, seu povo sistematicamente corre para a Lei (“Eu consigo melhorar”) e não para Cristo (“Está consumado”).

Seu povo está impressionado com os seus hábitos de estudo, esboços de sermão, exegese e entrega, mas não com o seu Salvador.

Jesus interromperia seu sermão porque você sempre contradiz consistentemente Sua mensagem, exigindo uma mudança de comportamento sem apontar a necessidade de uma mudança de coração.

Traduzido por Josie Lima | Reforma21.org | Original aqui

Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.


O Que Não Vestir...




por Mary Kassian


Em 1 Timóteo 2.9, o Senhor oferece três orientações que ajudam as mulheres cristãs a descobrir o que e o que não usar: “As mulheres se vistam modestamente, com decência e discrição”. Vamos examinar essas três diretrizes para ajudar-nos a assegurar que os nossos looks estão em boa ordem, devidamente arrumados e prontos para mostrar Cristo.

 

É conveniente ou inconveniente?


Kosmio é a forma descritiva do substantivo grego kosmos (colocar em ordem, balancear, enfeitar ou decorar), que está relacionada com a palavra cosmos – universo. Os gregos entendiam que o universo deve ser um ordenado, integrado e harmonioso todo. Kosmos é o oposto do caos. Assim, quando Paulo disse para as mulheres que seu adorno deveria ser kosmio, quis dizer que, como o universo, todas as peças devem ser dispostas de forma harmoniosa com as outras partes. Deve ser “conveniente”, isto é, apropriado ou adequado. Dado o contexto, creio que Paulo estava querendo dizer que o nosso adorno deveria ser decente numa série de níveis diferentes.

Em primeiro lugar, a roupa deve ser apropriada, adequada e coerente com sua característica de filha de Deus. Mas também deveria ser apropriada ao seu tipo de corpo, apropriada para sua feminilidade, apropriada para seu marido, apropriada para as outras roupas que você está vestindo, e apropriada para a ocasião e lugar que você pretende usá-la. Há uma quantidade tremenda de orientação nessa pequena palavra: conveniente. Ela desafia você a avaliar suas roupas, sapatos, bolsas, maquiagem e cabelo  de vários ângulos como parte do conjunto harmonioso e integrado de toda sua vida – para alinhar visível com o invisível e o temporal com o eterno. Ela desafia você a trazer uma perspectiva cósmica a ser considerada em suas decisões cotidianas.

Gosto da palavra que Paulo escolheu. Ela tem enormes implicações. Kosmio significa que o look de uma mulher cristã deve ser consistentemente definida, por dentro e por fora. Isso desafia aqueles que colocam uma ênfase excessiva na aparência externa, bem como aqueles que negligenciam sua aparência pessoal. É um corretivo para as mulheres que se vestem de maneira extravagante. É um corretivo para aquelas que se vestem sedutoramente. Mas também é um corretivo para aquelas que pensam que “santo” significa desmazelado, feio, não feminino e fora de moda. Conveniente mostra que andar de jeans largado e camisetas o tempo todo é tão inadequado quanto ser obcecada por roupas estilosas. Isso significa que a aparência de uma mulher deve ser bem definida . Deve ser agradável e atraente – por dentro e por fora.

 

É decente ou indecente?


A segunda palavra, aidous, baseia-se no termo grego para vergonha e desgraça. A palavra é uma mistura de modéstia e humildade. Quando eu penso numa palavra que personifica esse conceito, penso numa aproximação de Deus com reverência.

Trata-se de uma sensação de deficiência, de inferioridade ou indignidade. Sugere vergonha, mas também um sentimento correspondente de reverência e de honra para a autoridade legítima. É o oposto de insolência, imprudência, desrespeito ou ousadia. Olhar cabisbaixo é o oposto de um olhar desafiador.

Então, vestir-se com reverência significa que você está constrangida? Não. Significa que sua roupa diz a verdade sobre o evangelho. Sua roupa mostra ao mundo que Jesus cobre a sua vergonha e te faz decente. Suas roupas cobrem sua nudez como a roupa de Cristo cobre o seu pecado.

Vestir-se com reverência significa que você escolheu as roupas que são decentes aos olhos Dele… não roupas que são provocantes, sedutoras e que valorizam a nudez. Quando você se veste decentemente, você reconhece que Deus ordenou que roupas são para cobrir, e não chamar a atenção, para sua pele nua. Você se veste de respeito por Ele, pelo evangelho, pelos irmãos em Cristo – e por respeito a quem Ele fez você para ser. Decência significa que você concorda com o Senhor sobre o verdadeiro propósito de se vestir e deixa de lado o seu próprio interesse para se vestir de uma forma que exalte Cristo.

Então, naquele vestiário, tentando entrar naquela saia, tenha tempo para sentar-se, dobrar-se e esticar-se na frente do espelho e pergunte a si mesma, essa saia é decente? Ele faz o que deveria fazer? Será que irá me cobrir devidamente? Será que vai ajudar a mostrar minha nudez – ou vai exaltar o evangelho de Cristo?

 

É moderada ou excessiva?


A última coisa a se perguntar sobre a roupa é se é moderada ou excessiva. Paulo usa a palavra grega sophrosunes. Significa “uma mente sã; que inibe desejos e impulsos, autocontrolada, sóbria”. A palavra indica que nosso adorno deve ser razoável e não louco. Devemos controlar os nossos impulsos e evitar os extremismos da moda, penteados e maquiagem. Também devemos evitar gastar loucas quantias de dinheiro ou lotar nossos armários com uma quantidade insana de roupas. Devemos governar nossas escolhas de vestimenta com um sentinebti de moderação, simplicidade e auto controle. Se a roupa é extremamente louca, insanamente cara ou se é loucura por você estar comprando outra, então você deve ignorá-la.

Entender o propósito das vestimentas e perguntar a si mesma as três questões “É conveniente?”, “É decente?” e “É moderada?” vai ajudar você a descobrir como se vestir. E não se esqueça de incluir o seu “Ajudador” no processo. O Espírito Santo é uma inestimável fonte de ajuda quando se trata de descobrir se sua aparência glorifica ou não a Deus. Se seu coração é reto e você busca Sua orientação,
Ele será seu o consultor pessoal de estilo e vai ensinar o que e o que não usar.

[tweet link=”http://iprodigo.com/?p=5665″]O Espírito Santo é uma inestimável fonte de ajuda quando se trata de descobrir se sua aparência glorifica ou não a Deus.[/tweet]

Traduzido e cedido por Josie Lima | iPródigo | original aqui


Traduzido por Reforma21 | Reforma21.org | Original aqui

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8 Mulheres Com Quem Um Cristão Não Deve Casar-se!


 

 

 

 

 

 

 

 

por J. Lee Grady

O artigo da semana passada, “10 homens com quem uma mulher cristã não deve casar-se” viralizou. Mais de 1,2 milhões de pessoas compartilharam o link [N.T.: o link original] até agora – muito provavelmente porque muitos homens e mulheres solteiros estão procurando seriamente por indicações para encontrarem um bom companheiro.

Uma das respostas que obtive foram inúmeros pedidos de indicações semelhantes para os homens que estão procurando uma esposa. Como estou aconselhando vários rapazes atualmente e tenho visto alguns deles se casarem nos últimos anos, não foi difícil esboçar essa lista. Aqui estão algumas mulheres que eu digo a meus filhos espirituais evitarem:





1. A incrédula. No último artigo, eu lembrei as mulheres de que a Bíblia é absolutamente clara nesse ponto: Cristãos não devem se casar com incrédulos. 2 Coríntios 6.14 diz: “Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas?”. Fora a decisão de seguir a Cristo, o casamento é a decisão mais importante que você tomará. Não estrague tudo por ignorar o que é óbvio. Você precisa de uma esposa que ame Jesus mais do que te ama. Coloque maturidade espiritual no topo de sua lista de qualidades que deseja em uma esposa.

2. A mimadinha. Um amigo meu estava namorando uma garota de uma família muito rica. Ele economizou algum dinheiro por meses para comprar um anel, mas quando a pediu em casamento, ela disse que ele precisava voltar à joalheria e comprar um diamante maior. Ela forçou seu noivo a se endividar por conta de um anel que alcançasse suas expectativas. Ela desejava um estilo de vida Tiffany com um orçamento de C&A. Eu alertei meu amigo de que eles estava caminhando rumo a problemas muito sérios. A não ser que você queira viver endividado pelo resto de sua vida, não se case com uma garota que tenha cifrões em seus olhos e oito cartões de crédito em sua bolsa da Gucci.

3. A diva. Alguns rapazes machões gostam de se achar e agirem como se fossem superiores às mulheres. Divas são a versão feminina desse pesadelo. Elas pensam que o mundo gira ao seu redor e não pensam duas vezes antes de machucar alguém para provarem seu argumento. Suas palavras são duras e seus estalos nos dedos para exigirem todo tipo de coisas são irracionais. Algumas dessas mulheres podem acabar assumindo posições de liderança na igreja, mas não se engane com seu papo de supercrente.  Verdadeiros líderes são humildes. Se você não enxerga humildade piedosa na mulher que está namorando, se afaste e continue buscando.

4. A Dalila. Lembra-se de Sansão? Ele foi ungido por Deus com força sobre-humana, mas perdeu seus poderes quando uma mulher sedutora descobriu seu segredo e deu a seu homem o corte de cabelo mais famoso da história. Como Dalila, uma mulher que não submete sua sexualidade a Deus irá cegá-lo com seu charme, partir seu coração e te tirar do rumo. Se a mulher “cristã” que você conheceu na igreja se veste de forma provocativa, flerta com outros rapazes, posta comentários sexualmente inapropriados no Facebook ou te diz que não vê problemas no sexo antes do casamento, saia desse relacionamento antes que você caia em sua armadilha.

5. A mulher rixosa. Um jovem rapaz me disse recentemente que namorava uma garota que tinha sérios problemas de ressentimento em seu coração por conta de feridas passadas. “Antes de pedi-la em casamento, disse a minha noiva que ela precisava lidar com isso”, ele me disse. “Era pegar ou largar, mas houve avanços notáveis e agora vamos nos casar”. Esse rapaz percebeu que amargura não resolvida pode arruinar um casamento. Provérbios 21.9 diz que “Melhor é morar no canto do eirado do que junto com a mulher rixosa na mesma casa”. Se a mulher que você está namorando está afundada em raiva e falta de perdão, a vida de vocês será arruinada por brigas, batidas de portas e drama sem fim. Insista em orarem juntos e buscarem aconselhamento com pessoas mais experientes na fé.

6. A controladora. O casamento é uma parceria meio a meio, e a única forma de funcionar é quando tanto o marido quanto a mulher se submete um ao outro nos termos de Efésios 5.21. Assim como alguns rapazes pensam que podem levar o casamento como se fosse uma ditadura, algumas mulheres tentam manipular as decisões para realizarem suas vontades. É por isso que o aconselhamento pré-marital é tão importante! Você não quer esperar até estarem casados por duas semanas para descobrir que sua esposa não confia em você e quer tomar todas as decisões sozinha. [N.doE.: Não sabemos o que o autor quis dizer com marido e mulher submeterem-se um ao outro. Se for a doutrina da submissão mútua que propõe papéis iguais para homens e mulheres no casamento, discordamos. Porém, pela fidelidade à tradução, mantivemos a frase]

7. A filhinha da mamãe. É normal que uma mulher recém-casada ligue para sua mãe em busca de aconselhamento e suporte. Não é normal que ela fale com a mãe cinco vezes por dia sobre cada detalhe do casamento, inclusive sobre a vida sexual. Isso é bizarro. Entretanto, tenho aconselhado rapazes cujas esposas permitem que suas mães (ou pais) tenham total controle de suas vidas. Gênesis 2.24 diz que o homem deve deixar seus pais e viver com sua esposa. Os pais devem observar de longe o casamento de seus filhos. Se sua namorada não busca cortar o cordão umbilical, prossiga com cautela.

8. A viciada. Muitas pessoas na igreja hoje em dia não foram discipuladas apropriadamente. Muitos ainda lutam contra todo tipo de vícios – álcool, drogas ilícitas, remédios controlados ou pornografia – seja porque não confrontamos esses pecados do púlpito ou porque oferecemos apoio compassivo o suficiente para quem passa por isso. Jesus pode libertar completamente alguém desses hábitos, mas você não quer esperar até estar casado para descobrir que sua esposa não consegue ficar sóbria. Vocês podem até se casar futuramente, mas não é sábio juntarem as trouxas até que tenham enfrentado de forma séria esse tipo de problema.

A melhor regra a seguir ao escolher uma esposa está em Provérbios 31.30: “Enganosa é a graça, e vã, a formosura, mas a mulher que teme ao SENHOR, essa será louvada”. Olhe além das qualidades exteriores que o mundo diz serem importantes, e olhe para o coração.




Traduzido por Filipe Schulz | Reforma21.org | Original aqui

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quarta-feira, 20 de abril de 2016

Um Cristão Para Todos Os Cristãos - C. S. Lewis


Lewis era muito modesto em relação à vida devocional. Ele gostava de dizer: "Não sou como os místicos, aqueles que sobem a montanha para orar. Sou alguém que está no sopé da montanha. Eu não estou muito alto, nem lá embaixo. Vivo no meio da montanha, como um cristão normal". Lewis achava que a submissão à vontade de Deus é mais importante do que fazer grandes façanhas na oração. Ele aconselhava: "Não seja dramático em sua vida de oração". Ele meditava e orava ao redor do parque, depois de dar suas aulas na universidade. Também delineou a força de atração do que chamava de "doce desejo e alegria", a saber, o sabor da presença de Deus na vida diária, que atinge o coração como se fosse um golpe, quando a pessoa experimenta e desfruta das coisas, revelando-se, em última análise, com um anelo não satisfeito por quaisquer realidades ou relacionamentos criados, mas amenizado somente na entrega de si mesmo, no amor do Criador, em Cristo.

Conforme Lewis sabia, diferentes estímulos disparam esse desejo em diferentes pessoas. Quanto a si mesmo ele falava sobre "o cheiro de uma fogueira, o sonido de patos selvagens que passam voando baixo, o título de The Well at the World's End, as linhas iniciais de Kubla Khan, as teias de aranha de fim de verão, o ruído das ondas na praia". Ao lado de diversos escritores do passado, que tinham um discernimento muito mais profundo sobre essas questões que as pessoas de hoje, Lewis via o amor a Deus nos elevando até Deus, enquanto o contemplamos e o desejamos por Ele, em lugar de arrastar Deus para baixo, em nosso nível, como muiros hoje em dia tendem a fazer.

James Houston, que conviveu com Lewis de 1947 a 1952, re¬gistrou a impressão que tinha sobte ele:

Gostava muito de estar num ambiente onde havia controvérsia e discussão. Era tão perspicaz e cheio de humor que nos deixava receosos de nos aproximar dele. Mas, na verdade, Lewis era muito tímido e discreto com sua própria vida emocional. [Ele] tinha um par de sapatos marrom, uma calça de veludo marrom e uma jaqueta marrom que usou por uns quinze anos. A jaqueta estava sempre amarrotada na altura do colarinho.

Ele era um cristão praticante, que orava, paciente e persistentemente, fazendo o bem. Não era um teólogo profissional, mas era, em suas palavras, "apenas um cristão comum, tentando pensar com clareza", que buscava evitar as disputas entre as diferentes igrejas, por crer que Deus o colocara na linha de frente, onde o cristianismo enfrenta o mundo, e não por trás delas, onde uma guerra civil assola os cristãos. Sua tarefa era a de defender o cristianismo puro e simples, e não qualquer igreja em particular, demonstrando a superioridade racional do cristianismo sobre todo e qualquer entendimento da realidade.

Segundo Russell Shedd:

A originalidade de seu pensamento, o incomparável progresso de sua lógica e a criatividade de suas idéias são como um banquete posto para famintos. E difícil menosprezar esse gigante das letras, mesmo quando não temos a capacidade de captar todas as nuanças da ampla compreensão que ele tinha do cristianismo. [Mas] é possível sentir a paixão de um coração voltado para Deus e preocupado com a transmissão das boas-novas de salvação. Ele talentosamente comunica-se com homens que em parte rejeitaram o evangelho por causa da simplicidade de evangelistas faltos de profundidade.

Franklin Ferreira